Platyparea poeciloptera conhecida vulgarmente como mosca do espargo, pertence à família Tephritidae, a par com a mosca da fruta do mediterrâneo. São moscas pequenas com principal destaque para o padrão nas asas, caraterístico da espécie.
Figura: Mosca do espargo. Fonte: IVA-Magazin
A mosca do espargo desenvolve uma geração por ano, com o início do voo e período de fecundação em abril.
As fêmeas iniciam o ciclo com a desovacão de 25 a 30 ovos fertilizados nos rebentos do espargo. Com base nas condições, o desenvolvimento embrionário pode ir de 2 a 10 dias.
Após a eclosão, a larva entra no turião do espargo e começa a criar galerias que levam à deformação da planta e ao amarelecimento das folhas. Nesta fase, caso o produtor realize um corte numa planta afetada, é possível observar as galerias criadas.
Figura: Doença provocada pela mosca do espargo. Fonte Rui Pinto
Após o desenvolvimento larvar, a mosca entra em fase de pupa, permanecendo neste estado até à Primavera seguinte, altura em que emerge dos caules e tocos, reiniciando o ciclo.
A mosca do espargo tem uma vantagem competitiva graças ao seu ciclo. O facto de passar grande parte do período de vida dentro da planta, permite uma proteção física o que leva a que os tratamentos aplicados não sejam tão eficazes.
Por este motivo, a monitorização, prevenção e captura são essenciais, especialmente na época de voo e de desova, altura em que os indivíduos se encontram fora da planta.
As formas de monitorização e controlo mais aconselhadas no combate à mosca do espargo passam essencialmente pela prevenção:
- Retirada e queima da folhagem de outono – prevenção;
- Utilização de armadilhas com cola – captura e monitorização;
- Realizar tratamentos na época de voo – com o auxílio dos resultados da monitorização.
Figura: Armadilhas com cola
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