Eutipiose da Vinha | Doenças | AgroB

Eutipiose da Vinha

Spread the love

 

A Eutipiose é provocada pelo fungo Eutypa lata, um fungo oportunista que por ser incapaz de penetrar na planta sozinho, entra nas feridas abertas em madeira com dois ou mais anos, sendo designado por parasita de lesão.

 

Os sintomas da Eutipiose dividem-se por:

  • Primários – ocorrem devido à ação direta do fungo na planta;
  • Secundários – ocorrem como consequência da ação do fungo na planta.

 

Os primários são visíveis no lenho dos braços e tronco afetados. Os tecidos afetados endurecem e morrem ficando necrosados. A forma de cunha da mancha necrótica é uma das principais caraterísticas desta doença.

 

Eutipiose | Doenças nas Culturas Agrícolas | AgroB

Fonte: Michigan State University

 

Os secundários surgem na primavera, consequência do mau desenvolvimento da planta:

  • Lançamentos com crescimento reduzido;
  • Entrenós curtos;
  • Folhas atrofiadas, cloróticas e necróticas.

 

Eutipiose | Doenças nas Culturas Agrícolas | AgroB

Fonte: Michigan State University

 

Sendo uma doença de evolução lenta, é comum que passem entre 4 a 8 anos desde que se dá a contaminação da planta e a data em que se observam os sintomas da doença.

Contém ainda a capacidade de se manter em material vegetal morto durante cerca de 5 anos, permitindo a sua conservação na parcela.

Relativamente à propagação, a Eutipiose consegue tirar vantagem dos dias frios e de chuva onde se verifica um aumento da intensidade do ataque, facilitado pelo transporte dos esporos pela água para as feridas das plantas.

 

Eutipiose | Doenças nas Culturas Agrícolas | AgroB

 

Para evitar a instalação da Eutipiose, é importante que seja utilizado material são na instalação e renovação das vinhas, enquanto se aplicam práticas preventivas na poda de inverno, altura de maior risco de propagação da doença.

 

Eutipiose | Doenças nas Culturas Agrícolas | AgroB

 

Para evitar contaminações, o produtor deverá:

  • Podar o mais tarde possível para evitar alturas de frio e precipitação;
  • Desinfetar periodicamente os equipamentos de poda com lixívia (5%) ou álcool (70%) diluídos;
  • Evitar muitos cortes com diâmetros elevados;
  • Identificar as plantas afetadas, podando-as em último lugar;
  • Queimar os restos de poda das plantas infetadas;
  • Após a poda, desinfetar as feridas de maiores dimensões e realizar um tratamento à base de cobre na parcela.

 

Conhecia esta doença? Já a identificou na sua vinha?

Diga-nos nos comentários!