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Podridão-das-Raízes (Rosellinia Necatrix)

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A podridão-das-raízes (Rosellinia necatrix) é uma doença causada por um fungo que afeta um variado leque de culturas, entre as quais: Macieiras, Pereiras, Morangueiros, Mangueiras e Abacateiros.

 

A infeção geralmente ocorre através da penetração do micélio nas raízes jovens. Em alguns casos, pode haver passagem do micélio do fungo das raízes velhas para as mais jovens por contacto.

 

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Figura: Micélio à volta do tronco. Fonte:  Forestry and Agricultural Biotechnology Institute (2022)

 

Temperaturas de 15 a 20⁰C, pH na ordem dos 5,0 a 6,0 e condições de humidade à volta das raízes (proporcionados por períodos chuvosos ou solos encharcados) são favoráveis ao desenvolvimento da doença. O seu principal meio de transporte é através de plantas infetadas.

 

Esta doença, para além de destruir o sistema radicular, liberta toxinas que rapidamente se espalham até à parte aérea, promovendo o amarelecimento e enrugamento das folhas, resultando na sua desfolha precoce.

 

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Figura: Ascoporos. Fonte: © JFM

 

O crescimento das plantas estagna. Por vezes, as plantas adultas conseguem florir e produzir fruto, contudo, sem valor comercial. As plantas jovens geralmente morrem nos primeiros anos.

 

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Figura: Árvore jovem a apresentar sintomas de rosellinia. Fonte: agriculture.vic.gov.au

 

Por sua vez, as raízes encontram-se cobertas por um micélio branco que, com o tempo, pode adquirir uma coloração mais escura. Com a evolução da doença, a epiderme da raiz escurece e desprende-se, enquanto o interior adquire uma coloração amarela-acinzentada que pode ter no seu interior pontuações negras e o centro esbranquiçado.

 

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Figura: Aspeto do colo. Fonte: Arslan, C. (2012)

 

As principais medidas a adotar devem ser preventivas, nomeadamente:

  • Evitar solos com tendência para o encharcamento;
  • Utilizar plantas sãs;
  • Fertirrigação racional;
  • Recorrer a porta-enxertos resistentes;
  • Remover e queimar restos de culturas anteriores;
  • Evitar provoca feridas nas raízes.

 

Como medidas culturais de combate, ou seja, após a instalação da doença, recomenda-se:

  • Remoção e queima de todas as plantas infetadas e próximas destas;
  • Promover a boa drenagem do solo;
  • Aplicação de calcário nas covas aquando da replantação;
  • Promover condições favoráveis aos antagonistas naturais;
  • Solarização do solo.

 

Já viu esta doença nas suas plantas?

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