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Cancro Bacteriano das Prunóideas

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O cancro bacteriano das prunóideas, apesar de ter sido descoberto em 1902, é relativamente recente em Portugal, tendo sido detetado em 2019 pelo INIAV.

 

Constituído por um grupo de espécies designadas por Pseudomonas syringae, estas bactérias afetam todas as plantas do género Prunus, tendo sido identificada apenas nas seguintes, em Portugal:

  • Cerejeira;
  • Amendoeira;
  • Pessegueiro.

Durante o inverno hiberna nos gomos mortos e nos aparentemente saudáveis.

 

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Figura: Gomos de amendoeira

 

Surge na primavera-verão quando se verificam períodos de frio e húmidos seguidos de temperaturas amenas a partir dos 15ºC.

 

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Dá início à sua proliferação através da chuva, vento, insetos e pássaros, mas também através de operações realizadas pelo Homem, como a poda.

 

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Após a sua instalação, o cancro evolui atacando essencialmente:

  • Folhas e frutos – manchas com halos cloróticos e sintomas de crivado, enrolamento foliar e clorose geral;
  • Ramos – surgem gomoses e verifica-se a circulação dos ramos, levando à sua morte.

A presença desta doença no pomar pode levar até 60% de perdas, consoante as condições.

 

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Figura: Doença em ramo de cerejeira (Fonte: Michigan State University)

 

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Figura: Doença em folhas de cerejeira (Fonte: Gerald Holmes)

 

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Figura: Doença em flores de amendoeira (Fonte: thealmonddoctor.com)

 

Não existem medidas curativas, pelo que o produtor deverá tomar algumas medidas de prevenção fitossanitária:

  • Retirar da parcela e eliminar material infetado;
  • Desinfeção de alfaias e material agrícola;
  • Desinfeção das plantas após a poda, com produtos cúpricos;
  • Não reincorporar os restos da poda no solo.

 

Já conhecia esta doença das Prunóideas?

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