A poda da vinha é importante porque é, em simultâneo, um período de risco de contaminação (devido às condições ideais ao desenvolvimento de fungos) e uma prática essencial na defesa contra as doenças do lenho.
Exemplos de doenças do Lenho:
- Pé Negro;
- Esca;
- Eutipiose;
- Doença de Pierce.
Isto acontece, pois não existem produtos homologados que combatam eficazmente a presença e disseminação destes complexos de fungos. Deste modo, o viticultor deverá fazer uma análise cuidada à sua parcela e a cada uma das plantas (antes, durante e depois da poda):
Reduzir a quantidade de inóculo na parcela:
A melhor forma de combater um agente patogénico é reduzir a pressão do mesmo. Poderá fazê-lo em três momentos:
Antes da poda:
- Remova ramos infetados e videiras sintomáticas/mortas;
Durante a poda:
- Pode as vinhas com tempo seco – para evitar a propagação dos esporos.
Após a poda:
- Retire os restos de poda da parcela assim que possível – se sãos, poderão ser triturados e incorporados no solo;
- O armazenamento e destruição dos resíduos da poda e plantas mortas deve ser feito longe da parcela.
Minimizar as infeções:
Desde a instalação o viticultor poderá usar várias práticas preventivas que minimizem o surgimento das doenças:
Antes da poda:
- Implemente um plano de prevenção, facultando ferramentas e conhecimento aos operadores;
- Opte por podas mais tardias, que privilegiem de condições mais secas e maior poder de cicatrização.
Durante a poda:
- Minimize o espaço de tempo entre a poda e a proteção da ferida;
- Aumente o comprimento do talão/vara para minimizar a penetração do fungo e se possível poderá complementar com uma poda dupla;
- Realize cortes limpos para facilitar a cicatrização.
Após a poda:
- Se realizar poda mecânica, faça uma poda de limpeza posteriormente para facilitar a cicatrização;
- Opte por aplicar pasta cúprica nas feridas maiores e realize uma pulverização com um tratamento preventivo.
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